Universidades da região são alvos de crimes recorrentes

Instituições se manifestaram sobre a situação de insegurança. Leia mais...

POLÍCIA

 

Universidades da região são alvos de crimes recorrentes

A insegurança toma conta de alunos e funcionários das universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e São João del-Rei (UFSJ). Isso porque os campi das instituições já foram diversas vezes alvos de criminosos durante este ano.

O diretor de imagem institucional da UFJF, Márcio Guerra, disse que para combater as ações a instituição aumentou o número de vigilantes, passando de 102 para 120 funcionários, que tem feito limpeza nos escadões que ficam no local e que está com um contrato com uma empresa para que câmeras de segurança sejam recuperadas. De acordo com o prefeito de campus da UFSJ, Fábio Chaves, a reitoria está trabalhando para resolver o problema de insegurança no local.

 

Crimes na UFJF
Em Juiz de Fora, por exemplo, o número de furtos registrados dobrou no primeiro semestre de 2016, em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Polícia Militar (PM), foram 17 contra oito. Já o número de roubos foi de nove, contra nenhum em 2015. Além disso, a instituição também registrou um estupro e três agressões nos seis primeiros meses deste ano.

Diante da situação, alunos demonstram medo em percorrer alguns pontos da instituição. "Não tem uma segurança efetiva. Eu estudo de manhã e à noite, então às vezes fica complicado descer o escadão do Restaurante Universitário (RU), ou ir para o Instituto de Ciências Humanas, por exemplo", disse um estudante que teve a identidade preservada.

Um dos últimos casos registrados na universidade ocorreu na Faculdade de Odontologia, quando um estudante foi roubado e agredido. O indivíduo levou a carteira com dinheiro, documentos e o celular da vítima.

Para garantir a segurança de estudantes e funcionários, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) cobra ações da reitoria para acabar com a falta de segurança. Segundo eles, falta iluminação nas escadas que dão acesso aos blocos, assim como câmeras e vigias próximos aos pontos de ônibus. "A gente entende que tem que ser uma das prioridades da reitoria porque a gente está falando da integridade física de quem está dentro do campus", disse a coordenadora de gestão do DCE, Leda Mendonça.

 

Insegurança em São João del-Rei
A UFSJ tem três campus e, em um deles, o Dom Bosco, com cerca de 1.800 alunos, a insegurança e o medo fazem parte da rotina dos alunos. O local não tem câmeras de monitoramento.

A última ocorrência registrada no local foi na última semana, quando duas alunas foram surpreendidas por suspeitos quando seguiam para a biblioteca da instituição. Os autores do crime chegaram a jogar uma delas no chão, antes de roubar um celular. As vítimas, que não querem se identificar, contaram que a ocorrência causou um trauma para elas.

"Eu não volto na faculdade mais. Eu só voltei porque eu estou terminando o curso, senão eu ia trancar (a faculdade). O medo que eu tinha fora, tenho ainda mais dentro do campus. A gente quer uma coisa boa, uma profissão, mas aí vamos para a universidade para ser assaltada?", questionou uma das vítimas, que também teve a identidade preservada.

Depois do roubo, colegas de sala das estudantes fizeram um protesto na universidade e conversaram com representantes da reitoria. "Vai esperar uma coisa pior acontecer? Alguém levar um tiro ou uma facada para que alguém faça alguma coisa?", perguntou a vítima.

Quem trabalha na universidade também está com medo. Uma lanchonete, que fica ao lado da biblioteca foi alvo duas vezes em um intervalo de 15 dias. Em um dos assaltos, seis bandidos armados renderam a balconista e levaram o dinheiro do caixa. "Os assaltantes já sabem que aqui é muito fácil porque não acontece nada com eles. Então quase todos os dias ocorrem assalto e a gente fica com medo, mesmo durante o dia", contou.

O prefeito de campus, Fábio Chaves, disse que a segurança do campus é feita por uma empresa terceirizada, com seis porteiros e cinco vigias por turno. "A medida que tomamos imediatamente foi o aumento da iluminação. Nós queremos colocar câmeras, mas por enquanto não temos o recurso financeiro. Estamos preocupados com a questão de segurança, mas isso esbarra na questão orçamentária", concluiu.


Com informações de G1 Zona da Mata 

 

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