A barbacenense Danielle Braz Vaz de Mello faz campanha para conseguir juntar R$50 mil que serão destinados para seu transplante de pulmão. Saiba como você pode ajudar a Dani!
Um pouquinho que você doa faz a diferença (Fotos: Arquivo Pessoal)
Arthur Raposo Gomes/Trem de Ler
As redes sociais estão cada vez mais presentes nas vidas das pessoas. São vedetes da chamada pós-modernidade. Elas interligam milhões de usuários e garantem a produção de conteúdo num frenesi nunca visto antes.
As diferentes plataformas virtuais de interação podem ser usadas de múltiplas maneiras: tanto para o mal, como no polêmico caso da “Baleia Azul”, quanto para o bem, como na campanha “Ajude a Dani”. Mas afinal, quem é Dani?
Danielle Braz Vaz de Mello, a Dani, tem 21 anos. Natural de Barbacena, ela foi diagnosticada, aos três meses de vida, como portadora de Fibrose Cística (FC), uma doença rara e sem cura, que afeta o muco, suor, sucos digestivos do corpo e faz com que eles sejam mais espessos do que o normal, o que gera alterações e sintomas no sistema respiratório, digestivo e reprodutor.
Dani tenta arrecadar R$50 mil, o valor é para que ela ajude no custeio de despesas com o transplante pulmonar, que vai ser realizado em São Paulo. Para conseguir a quantia, a jovem criou a campanha virtual “Ajude a Dani”. Mas como ela chegou até este momento?
Dani tinha três meses de vida quando foi internada pela primeira vez. Foi aí que a família descobriu a FC e iniciou o tratamento – realizado desde então. Ela conta que teve uma infância como outra qualquer, desconhecendo a gravidade da doença.
No entanto, Dani admite que, durante a adolescência, foi rebelde em relação ao tratamento. “Não aceitava ter que tratar algo que até então não se manifestava. Vivi bem até os 17 anos, sempre praticando esportes e tendo uma vida social ativa”.
Amigos e família dão força para Dani lutar
Resiliência
Em 2014, Dani ingressou na faculdade de Odontologia. O momento, que normalmente é alegre, foi logo interrompido. No segundo semestre de curso, ela precisou ser internada. “A partir dali, a minha vida começou a tomar um rumo diferente do que eu esperava”.
Apesar dos momentos difíceis, Dani tem com quem contar, sua família e seus amigos. “Meus pais e meu irmão mais novo não medem esforços para me ajudar a me ver bem. Eles são a minha base, minha principal fonte de coragem e fé”, destaca Danielle.
Sobre os amigos, a barbacenense revela que eles tomaram conhecimento sobre a Fibrose Cística há pouco tempo. “Nunca fui de falar sobre a doença. Agora, que estou nessa fase mais difícil, meus amigos estão sendo essenciais, pois me distraem e me fortalecem. São todos muito queridos!”, enfatiza.
Questionada sobre o que mais lhe motiva a lutar pela vida e pelo transplante de pulmões, Danielle é direta: “Eu penso que, enquanto existe fé, existe esperança. Devemos lutar até o fim pela vida, pois é o maior presente que temos”.
Embora enfrente momentos difíceis e chegue a pensar em desistir, Dani é resiliente. “Isso passa, lembro que tenho muitos sonhos a serem realizados e que, por mais difícil que seja a minha vida, Deus a confiou a mim. Então, eu não vou desistir nunca!”, assegura.
Vaquinha virtual é decisiva para a jovem
Ajude a Dani
Foi no dia 05 de setembro deste ano que a barbacenense decidiu criar um crowdfunding ou “vaquinha virtual”, em tradução livre. Dani conheceu esse tipo de arrecadação através de outra paciente com a mesma doença.
A colega de Danielle queria o dinheiro para realizar um sonho – conhecer a Califórnia (EUA) – antes mesmo de fazer o transplante. Dias após, a jovem de Barbacena passou por uma consulta que lhe tirou o sono, “como meus pais iriam fazer para arcar com todas as despesas?”.
Foi então que veio o clique. “No dia 05 do mês passado, fiquei sabendo da comemoração do Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística e ‘me deu na telha’ de criar a minha vaquinha. Não contei nem para os meus pais. Deixei que eles descobrissem quando ela fosse divulgada”, comenta.
Nas redes sociais, Danielle tenta arrecadar R$50 mil para ajudar nas despesas com o transplante pulmonar, além de mostrar ser uma “mina de fibra” – nome que adotou no Instagram para compartilhar experiências, tirar dúvidas sobre a FC, transplantes e doação de órgãos.
“Gostaria que todos soubessem a importância de ser um doador de órgãos. Um doador pode salvar até oito vidas. A doação é uma forma da família do doador ver a vida dele continuar em outro corpo. E isso é uma dádiva. Avise sua família da sua vontade de ser um doador. Salve vidas!”, clama Danielle.
Como ajudar
Pouco mais de um mês desde o início da “vaquinha virtual”, Dani já arrecadou cerca de 36% - ou R$18 mil – do valor total, que é de R$50 mil. Os interessados em ajudar a “mina de fibra” devem acessar a página da campanha ( goo.gl/A19c76 ) e doar a quantia que quiser.
Também é possível colaborar diretamente por transação bancária. Para isso, basta fazer um depósito ou transferência na Caixa Econômica, Agência 0099, Conta Poupança 013000118748-0. As doações também podem ser feitas no Banco do Brasil, Agência 62-0, Conta Corrente 76080-3. Nas duas instituições, a titularidade é de Danielle Braz Vaz de Mello.
Todo o dinheiro será utilizado nas despesas dos procedimentos pré e pós-operatórios, já que a cirurgia de transplante é custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).