Pimentel aguarda ALMG ratificar Estado de Calamidade Financeira de Minas

Se a Assembleia Legislativa reconhecer a calamidade pública, enquanto perdurar a situação, serão suspensas a contagem dos prazos de controle para adequação e recondução das despesas de pessoal e dos limites do endividamento. Além disso, serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho. Leia mais...

CRISE EM MINAS

Pimentel aguarda ALMG ratificar Estado de Calamidade Financeira de Minas

Plenário recebeu, nesta segunda (5), ofício do governador no qual ele solicita que Assembleia ratifique decreto.

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu, em Reunião Extraordinária da noite desta segunda-feira (5/12/16), mensagem do governador Fernando Pimentel, na qual ele solicita a ratificação do Decreto 47.101, desta data, sobre a situação de calamidade financeira do Estado. Foi pedida urgência na apreciação.

De acordo com o artigo 65 da Lei Complementar Federal 101, de 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, se a Assembleia Legislativa reconhecer a calamidade pública, enquanto perdurar a situação, serão suspensas a contagem dos prazos de controle para adequação e recondução das despesas de pessoal e dos limites do endividamento. Além disso, serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho.

Segundo a justificativa do governador, os últimos Relatórios de Gestão Fiscal revelam a situação calamitosa das contas públicas estaduais que colocam em risco a capacidade do Estado em manter serviços públicos essenciais, bem como em prover o pagamento das despesas com pessoal sem que incorra em descumprimento de condicionantes legais.

Pimentel destaca, na mensagem, que a situação deriva da crise econômica internacional e nacional, que resultaram na contração do Produto Interno Bruto, reflexo da queda da atividade de vários setores, como o mercado internacional de commodities agrícolas e metálicas, o que gerou redução na receita pública estadual.

Ele enfatiza também como motivos o crescimento das despesas de pessoal efetivo nos últimos dez anos, desequilíbrios contratuais gerados pela dívida junto à União, bem como esforços já realizados, como rearranjo da legislação tributária e outros, que não reverteram o quadro.

Decisão da Mesa da Assembleia é lida

De acordo com a decisão da Mesa da Assembleia sobre a tramitação da solicitação do governador, como não há esse tipo de previsão no Regimento Interno da ALMG, será aplicado o regimento da Câmara dos Deputados e, subsidiariamente, praxes parlamentares.

A partir dessa análise, a mensagem, já recebida, será publicada e encaminhada à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), que terá o prazo de 20 dias para emitir parecer. O parecer, em caso de reconhecimento da situação, concluirá por projeto de resolução, que ratificará o decreto.

Recebido em Plenário, o projeto será publicado, incluído em ordem do dia da reunião subsequente e apreciado em turno único.

A decisão prevê, ainda, que se o prazo de 20 dias se esgotar sem a emissão do parecer pela FFO, o presidente incluirá na ordem do dia da reunião subsequente e designará relator. E também que a rejeição, do todo ou de parte do projeto, implicará em decisão contrária ao seu teor.

A mensagem do governador está na pauta de reuniões da FFO agendadas para as 10h15, 14h15 e 20h15 desta terça-feira (6).

Deputados repercutem mensagem do governador

O deputado Felipe Attiê (PTB) criticou o decreto de calamidade. Para ele, é uma manifestação do chamado “jeitinho brasileiro” para flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Já o deputado Fred Costa (PEN) também reprovou o decreto e a forma como foi feita a leitura da mensagem do governador. Ele destacou que não havia quórum de 26 deputados, o que considerou incorreto.

Sobre isso, o deputado Hely Tarqüíneo (PV), que presidia a reunião, enfatizou que foi acordado previamente e que não houve pedido para recontagem do quórum.

Outros estados - Enfrentando crise financeira, com dificuldades para pagar salários e dívidas, o Rio de Janeiro decretou calamidade pública no dia 17 de junho deste ano. No último dia 22 de novembro, foi a vez do governo do Rio Grande do Sul.


Com informações da Assessoria de Comunicação da ALMG


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