Minas em Floripa, Rio e Porto Alegre

Crescimento dos atletas do triatlo e a presença mineira.

Há menos de duas semanas, foi realizada mais uma edição do IronMan Brasil, em Florianópolis, e, neste domingo, 15 mil atletas largam para correr a Maratona Internacional de Porto Alegre. No final de semana seguinte é a vez da Maratona Rio 2022, considerada o maior evento de corrida da América Latina. Abordo essas três provas não só por terem grande importância nas modalidades esportivas que prático, e nas quais competiria, mas principalmente, pela presença massiva de triatletas e corredores mineiros em todas elas.

Esse crescimento exponencial do número de pessoas que vêm se dedicando a esportes tão exigentes física e mentalmente, seja buscando um novo estilo de vida ou o alto rendimento, é um fenômeno muito positivo e que me dá muita alegria.

Começando pelo IronMan Brasil, trata-se da maior prova de triatlo do país, na qual pude competir em 2017, valendo vagas para o icônico Campeonato Mundial 2022, em Kona, no Havaí. Mais de 2.000 atletas, de 34 países, disputaram a 20ª edição da prova na capital catarinense, com o desafio de nadar 3,8 km, pedalar 180 km e, para fechar, correr os 42,2 km de uma maratona. Nela, o Brasil conquistou quatro vagas para o Mundial na elite e 37 nas categorias por faixa etária, um dos melhores desempenhos do país.

Por experiência pessoal como atleta, sei da disciplina, foco e determinação para manter uma rotina pesada de treinos e ajustar horários para preservar as atividades de trabalho e estudos. Testemunho a forma como quase todos esses atletas têm de se desdobrar entre múltiplas ocupações. Muitos conseguem resultados competitivos, em nível amador, como Larissa Fabrini, que venceu sua categoria (30-34 anos) e se classificou para o Mundial juntamente com o marido, Rodrigo Loiola, terceiro colocado na categoria 45-49 anos. Cito ainda, entre tantos destaques mineiros, Felipe Dayrell e Thiago Massara, que conquistaram o pódio em suas categorias.

Entre os profissionais, Thiago Vinhal, o brasileiro com melhor tempo em Kona (obtido em 2018), conquistou a décima colocação geral; e Diogo Sclebin, atleta olímpico e cidadão honorário de Belo Horizonte, estreou em provas de longa distância com o 14º lugar. Ambos vivem e treinam na capital mineira.

Já nas duas maratonas que estão por vir, Porto Alegre e Rio de Janeiro, arrisco dizer que teremos uma das maiores participações de mineiros nas provas, que chegam à sua 37ª e 20ª edição, respectivamente. Para se ter noção, somando apenas duas das maiores equipes, a Heleno Fortes e a Teo Esportes, serão cerca de 200 atletas de Minas em Porto Alegre e quase 300 no Rio.

O mais bonito de ver a “mineirada” nessas provas é que são pessoas comuns, que abraçaram o esporte e descobriram uma vida nova com mudanças positivas na saúde física e mental. Sou amigo e acompanho a rotina da maioria dos citados neste texto e testemunho a disciplina e força de vontade de cada um. Como dizem que “carro apertado é que canta”, operam verdadeiros milagres e mostram que o tempo é farto quando a organização e a dedicação falam mais alto.

Há exatos dez anos, quando servi ao Exército Brasileiro, eu me encantei pela corrida e pelo triatlo. São esportes de resistência, que exigem muita superação, mas que também trazem recompensas para os mais diversos aspectos da vida. São várias as pessoas que pude incentivar a ingressar em algum esporte ou atividade física e convido o leitor a iniciar também.

Parabenizo a todos que competiram em Floripa e desejo boa sorte a todos que disputarão em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, com um especial carinho ao time dos 13 atletas da Heleno Fortes, que tentarão o marco de completar a maratona, juntos, em 2 horas e 45 minutos. Haja fôlego! Pra cima, Minas!


Imprimir  

 







entre em contato pelo whatsapp