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Entenda por que o governo de Minas quer privatizar a Copasa



Em seminário promovido por O TEMPO, vice-governador Mateus Simões (PSD) apresentou razões para venda de estatal no âmbito do Propag

Em discussão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a venda da Copasa será usada para arcar com os investimentos obrigatórios do estado dentro do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), de acordo com o vice-governador, Mateus Simões (PSD). Conforme o representante do Executivo estadual, o governo deve aplicar cerca de R$ 1,3 bilhão por ano a partir do valor da privatização da companhia para investir em educação profissionalizante, infraestrutura e segurança. Simões explicou sobre a Copasa durante o seminário ‘Minas em Conta’, promovido por O TEMPO na manhã desta segunda-feira (17/11).

Para aderir ao Propag, são necessárias contrapartidas dos estados, entre elas, investimentos adicionais em áreas específicas. Conforme o vice-governador, o objetivo da gestão de Romeu Zema (Novo) é que esses valores sejam arcados com a venda da Copasa. O texto de privatização da estatal está em tramitação na ALMG. 

“Em educação profissionalizante, a gente já tem feito (investimentos), com o ‘Trilhas do futuro’. Segurança e infraestrutura vão ser muito beneficiadas por isso, e é por isso que nós estamos trabalhando com a venda da Copasa, que é a Copasa que vai alimentar esse investimento adicional nos próximos anos.

Tanto que o nosso compromisso está escrito até na lei, que está em tramitação na Assembleia, que a gente vende a companhia e o valor fica reservado para que a gente possa, todo ano, colocar esse R$ 1,3 bilhão em novas estradas e mais infraestrutura para a polícia”, disse Mateus Simões.

Ainda segundo o vice-governador, a União não teria interesse na companhia de saneamento, o que levou à alternativa de desestatização. Questionado sobre alternativas para arcar com os investimentos obrigatórios, Simões ponderou sobre a Cemig e a Codemig, entretanto, a Copasa ainda seria a escolha ideal no cenário.

“Na nossa leitura, a venda da Copasa faz mais sentido porque a Copasa é, das nossas empresas públicas, a que pior atende a população, porque ela é lenta”, afirmou o vice-governador. “Essa nos parece ser a empresa certa para privatizar, porque as empresas de saneamento privadas são acompanhadas com um rigor diferente, que elas estão submetidas 100% ao marco de saneamento”, esclarece.

No caso da Cemig, o governo de Minas pretende federalizar a companhia como “entrada” no Propag, em que é exigido o abatimento de 20% da dívida de Minas. Em relação a Codemig, o Executivo quer repassar 5% de ações da companhia que pertencem à Codemge.

https://www.otempo.com.br

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