Ministério Público através da promotoria eleitoral que julgou as informações publicadas por Kikito não eram falsas.
Na tarde de quarta-feira (25), a Justiça Eleitoral publicou a sentença do processo aberto pelo Carlos Augusto Soares do Nascimento (PSD) contra Carlos Roberto Batista (PSB), candidato a vice-prefeito na chapa de Giovanni Anderson de Souza Cristo (Agir). O prefeito Carlos Augusto Soares do Nascimento (PSD) abriu processo contra Carlos Roberto Batista (PSB) alegando que ele estaria fazendo divulgação massiva de fatos inverídicos através de propagando eleitoral em canais de Whatsapp, e que estaria utilizando inclusive Inteligência Artificial para tal.
Após receber o posicionamento do Ministério Público através da promotoria eleitoral que julgou as informações publicadas por Kikito não eram falsas, e que não havia o que se falar em crime eleitoral, a juíza Liliane Rossi dos Santos Oliveira, decidiu em sua sentença pela improcedência da ação de Carlos Du contra o ex-vereador Kikito, destacando em sua sentença que as informações veiculadas por ele não eram falsas e estavam devidamente amparadas pelo direito à informação, devendo ser de livre acesso ao seu conteúdo. A juíza ainda confirma a veracidade dos fatos divulgados por Kikito que envolvem o prefeito Carlos Du resumem-se a fatos públicos, notórios e divulgados pela imprensa.
Dentre as alegações de Carlos Du que Kikito estaria divulgando Fake News, encontravam-se informações como as ações do MPMG contra o prefeito Carlos Du, a nomeação de parentes de vereadores em cargos públicos na Prefeitura, cópias de processos e representações contra supostos crimes da administração Carlos Du e entrevista da ex-vice diretora da SESAP sobre a perseguição sofrida pela Policlínica na atual gestão da prefeitura. Todas elas públicas, verídicas e notórias como afirma a própria juíza em sua sentença.
Jornalista também foi processada por Carlos Du e absolvida pela justiça eleitoral
Também a jornalista Kátia Cilene, colunista do Jornal Expresso de Barbacena, e editora licenciada do portal de notícias Barbacena Mais, foi processada pelo prefeito Carlos Du, que foi a justiça reclamar que a mesma havia feito comentários negativos sobre ele em grupo de Whatsapp que estaria afetando sua honra eleitoral. A juíza Liliane Rossi dos Santos Oliveira absolveu a jornalista, e destacou em sua sentença que a jornalista apenas manifestou sua opinião sobre o prefeito, e que homens públicos devem entender que as críticas e opiniões ácidas fazem parte da vida pública.
A jornalista Kátia Cilene viu com bastante preocupação a tentativa de intimidação e cerceamento da liberdade de expressão ora tentada pelo prefeito Carlos Du: "Sou uma jornalista com mais de 25 anos de carreira, sou uma profissional séria e me resguardo o direito de ter minhas opiniões como cidadã. As críticas que faço a respeito da gestão do atual prefeito baseiam-se em fatos públicos e notórios, e senti-me atacada diretamente nos meus direitos de manifestação. Processar jornalistas é uma velha prática de políticos que tem dificuldades de enfrentar críticas e preferem intimidar os profissionais. No meu caso, fiquei ainda mais ressentida com tal intimidação pois sou uma simples jornalista, não candidata a nada, não tenho pretensões políticas e foi desproporcional a ação de um autoridade municipal contra uma simples postagem num pequeno grupo de Whatsapp. Não tive receio em momento algum que não se fizesse justiça. Eu sou uma das mais ardorosas defensoras da justiça e acredito muito nas instituições judiciais. Venho sendo perseguida por um grupo de políticos que não aceitam que a imprensa cumpra com seu dever de investigar e noticiar fatos de interesse da população, e sigo em frente, de cabeça erguida e corajosamente na busca da verdade e da elucidação de vários fatos que vem sendo apurados de vários que vem sendo apurados pela justiça", declarou a jornalista.
Jornal Expresso