Grupo Ponto de Partida reapresenta a peça "Os Gnomos contam a história do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" neste sábado com duas sessões. Última oportunidade da temporada para levar seus pequenos para se encantar com essa história de gnomos, bichanos e muito amor. Saiba tudo sobre o espetáculo...
TEATRO
Grupo Ponto de Partida relembra um dos seus grandes sucessos!
Os Gnomos contam a história do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - da obra de Jorge Amado
Está de volta um dos maiores sucessos da carreira do Grupo Ponto de Partida. O Grupo faz as duas últimas apresentações neste sábado, dia 22, às 17 e às 19 horas, na Estação Ponto de Partida.
Impossível calcular o público que assistiu a esse espetáculo, que já se apresentou em inúmeras cidades mineiras, nas grandes capitais brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília. E em várias cidades de Portugal e em Montevideo. Também participou de vários projetos ligados a Escolas no Brasil, em Portugal e no Uruguai, onde foi montado com direção de Regina Bertola, diretora do Ponto de Partida, e elenco do El Galpon. Enfim, o Gato tem o frescor e a perenidade dos contos de fada ou dos clássicos: será sempre irresistível.
“A minha maior emoção foi ver as imagens poéticas que criei tomarem corpo e saírem a brincar pelo palco, contando a história. E por estar assim, tão emocionado com esse espetáculo, vou dar de presente a vocês, hoje, um novo final para essa história. Eu ainda era muito jovem quando a escrevi e não sabia, naquela época, o que sei hoje: nada é impossível para o amor.”
Jorge Amado
Do espetáculo
Era uma vez, antigamente, mas muito antigamente, quando os bichos falavam, os cachorros eram amarrados com linguiça, alfaiates casavam-se com princesas e as crianças chegavam no bico das cegonhas. Aconteceu naquele então uma história de amor!
Assim que lemos sabíamos que queríamos ouvir esta história. Assim que ouvimos, sabíamos que queríamos contá-la. Então começamos a juntar as imagens mais delicadas para “desenhá-la”. Porque somos assim: só contamos histórias com gravuras.
Um dia, quando estávamos começando a fazer experiências com o roteiro, apareceram, de repente, no meio do palco, dois seres muito engraçados. Eram pequenos, tinham enormes chapéus vermelhos e falavam uma língua muito estranha que, a princípio, não entendíamos. Mas entraram em cena e, magicamente, plantaram no palco a primavera.
Era exatamente como queríamos fazer e então soubemos que eles também queriam contar esta história. O que fazer? Rendemo-nos e foi assim que os Gnomos entraram na história do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá. Não precisamos dizer que o que era lírico ficou mais poético, o que era divertido ficou mais engraçado, o que era triste ficou encantado.
Queríamos que o texto de Jorge Amado estivesse ali, inteirinho. Com todas aquelas palavras brincando e se juntando numa doce história. Mas não queríamos reescrever o livro, queríamos fazer teatro e então pedimos música e a história passeando levemente entre imagens e palavras. Queríamos que, como toda boa história, esta fosse para toda gente, de qualquer idade. Queríamos que toda essa gente se divertisse, se emocionasse e que por alguns poucos momentos estivesse feliz, conquistada pela beleza. Queríamos invadir este mundo cada vez mais tenso e complicado com a simplicidade sedutora de uma história de amor.
Ai, acho que não conseguiríamos isto tudo! Mas os Gnomos conseguem! Eles envolveram esta história em tal magia que é impossível resistir. Não acredita? Então venha vê-la. Você se surpreenderá desejando apaixonadamente que um Gato, malhado e feio, se case com uma terna e louca Andorinha.
Da montagem
O Gato Malhado reforça e dá continuidade à pesquisa de linguagem do Grupo Ponto de Partida. Também aqui fica claro para a platéia o jogo do “faz de conta”. Ninguém quer que a história pareça real. O jogo teatral fica sempre à mostra: isto é um lenço, faz de conta que seja um rouxinol, então...
O desafio é seduzir a platéia como parceira do jogo para que ela o vivencie como desejamos: uma doce e irresistível fantasia.
No processo da criação coletiva, aqui procurou-se dar mais um passo. O roteiro foi escrito pelos atores. Cada dupla ou trio escreveu e encenou uma estação. Depois de discutido e analisado, a direção unificou e definiu a forma final. Foi muito rico para os atores o processo de experimentar, tornar teatral uma linguagem literária.
Também a luz e a música são resultados da pesquisa do Grupo.
Continua o cuidado com o trabalho com o corpo e a voz e o ator é o elemento fundamental e o fio condutor da história. Estão aí também as marcações ágeis, o lirismo e a tentativa de encontrar um elemento plástico que formalize e sintetize o tema da história. No caso do “Gato” usamos uma escada.
Os Gnomos vieram como forma de tornar mais lúdica a narração e mais encantada a história que, na sua forma original, está quase integralmente no palco.
Envolvendo todo este trabalho, o prazer visceral de estar em cena, que talvez seja a característica mais marcante do Ponto de Partida.
Do autor
Jorge Amado.
Ele é um dos raros que pode se dar ao luxo de ser apresentado em quase todo o mundo com uma única citação: o seu próprio nome.
Ficha Técnica:
Texto
Jorge Amado
Roteiro
Grupo Ponto de Partida, com ideias de Álvaro Apocalypse
Direção
Regina Bertola
Cenário
João Melo e Tânia Werneck
Figurino
Tânia Werneck
Criação de adereços e painel
Edson Brandão
Confecção de adereços
Waldir Damasceno e Tânia Werneck
Criação e confecção dos arranjos florais
Luisa Bertola
Iluminação
João Melo, Lourdes Araújo, Eloiza Mendes e Soraia Moraes
Iluminador
Rony Rodrigues
Trilha Sonora
Lido Loschi, Ana Alice de Souza, Cláudia Valle,
Fátima Jorge e Rachel Matos
Sonoplastia
Pablo Bertola
Programação Visual
Edson Brandão
Elenco:
Ana Alice de Souza
Gnomo, Papagaio e Galo
Carolina Damasceno
Gnomo, Cachorro, Relógio, e Mãe da Andorinha
Érica Elke
Gnomo, Mucama e Pato
João Melo
Gnomo, Relógio, Pombo, Pai da Andorinha e Vaca Mocha
Júlia Medeiros
Gnomo, Mucama, Noite e Coruja
Lido Loschi
Gato Malhado, Vento, Vaca Mocha e Relógio
Renato Neves
Tempo
Soraia Moraes
Andorinha Sinhá e Manhã
Serviço :
Dia 22 de abril, sábado
Horários: 17h e 19h
Local: Estação Ponto de Partida
Informações 3331 5803