A atividade ocorrerá na Tecer Cultural e será gratuita, contando ainda com interpretação em Libras e audiodescrição
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A artista, professora e pesquisadora Fany Magalhães que realiza oficina nos dias 21 e 22 de março. Foto: Leidiane Assis |
PLÁSTICO DEMAIS:
mascaramentos para um futuro incerto
A artista, professora e pesquisadora em Artes Cênicas, Fany Magalhães, oferece em Barbacena, nos próximos dias 21 e 22 de março, a oficina PLÁSTICO DEMAIS: mascaramentos para um futuro incerto. Através dos incentivos municipais distribuídos pela Política Nacional Audir Blanc – PNAB, a oficina será um espaço de trocas aberto a todes que se disponham a repensar o consumo de plástico, em uma conversa urgente sobre justiça ambiental e mudanças climáticas. Através de uma criação interdisciplinar, entre o real e o ficcional, a artista propõe, além da oficina, uma intervenção performativa no centro comercial da cidade, na manhã de sábado, Dia Mundial da Água.
A artista, que cresceu e se tornou artista em Barbacena, possui experiências profissionais em todo o país. Atualmente é tutora na Licenciatura EAD em Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e já foi professora nos cursos superiores de Teatro da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e também de São João Del-Rei (UFSJ). Desde 2020, através do projeto MUITO PLÁSTICO, PLÁSTICO DEMAIS, Fany tem buscado criações a partir do rastreio de plástico, especialmente em ambientes litorâneos, ribeirinhos e periféricos, para a criação de obras sobre um dos maiores problemas ambientais que o planeta enfrenta: a poluição por plástico.
“Vamos conversar sobre performance, cidade, plástico, crise climática, justiça e injustiça ambiental, criar nossas máscaras e encontrar uma presença coletiva para ocupar o centro da cidade com a versão barbacenense da intervenção SEM FIM?” afirma a proponente. “SEM FIM?” é o nome da intervenção que já ocorreu em São João Del-Rei, em 2023 e que agora chega em nossa cidade, como resultante da oficina e poderá ser apreciada no dia 22, sábado, entre 10:30h e 12h, nas imediações do Jardim Municipal e a Rua 15 de Novembro.
A atividade ocorrerá na Tecer Cultural e será gratuita, contando ainda com interpretação em Libras e audiodescrição, além de apostar na acessibilidade atitudinal para estimular a participação de pessoas com deficiência. Também será distribuída uma ajuda de custo, a partir da observação de critérios afirmativos e certificados.
SERVIÇO:
O quê?
Oficina PLÁSTICO DEMAIS: mascaramentos para um futuro incerto
Quando?
Dias 21, sexta-feira, de 14h às 20h e
dia 22 de março, sábado, de 9h às 13h.
Onde?
Tecer Cultural: Rua Freire de Andrade, 43 – Centro
Link para inscrições: https://forms.gle/Svt9iA4EFWLSss9p6
Mais informações: (32) 9 9199 2539 | @fany.magalhaes | fanyemprocesso.wordpress.com
Link divulgação: https://www.instagram.com/p/DHGoUOWuwy3/?img_index=1
+MAIS:
6 informações chocantes sobre o plástico no meio ambiente
Você conhece os impactos dos objetos de plástico no meio ambiente?
O plástico está tão presente no nosso dia a dia que raramente paramos para pensar no quanto ele prejudica a natureza.
Saiba que os efeitos dele podem ser muito piores do que imaginamos!
Por isso, em 2018, a ONU (Organização das Nações Unidas) iniciou um movimento de conscientização global.
Segundo a organização, a poluição causada pelo descarte de objetos de plástico é um dos grandes desafios da atualidade.
A primeira providência é alertar as pessoas sobre a gravidade do problema. Assim, selecionamos seis informações chocantes sobre o assunto com base em um estudo publicado pela renomada revista científica norte-americana Science.
1. O plástico pode levar mais de 400 anos para se decompor
Como boa parte do lixo produzido pelas pessoas demora muito para se decompor e não é destinado para reciclagem, o mundo vive hoje a falta de espaço em aterros sanitários.
Com isso, proliferam-se os lixões a céu aberto, contaminando a água dos rios e lençóis freáticos, o que compromete a nossa saúde.
Um levantamento da Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública) realizado em 2017 mostra que o Brasil possui quase 3 mil lixões ou aterros irregulares - o que impacta a qualidade de vida de 77 milhões de brasileiros.
Em algumas regiões, a situação é alarmante. No estado de Alagoas, por exemplo, 95% do lixo produzido pela população é abandonado em áreas inadequadas.
O plástico no meio ambiente também pode dificultar a decomposição de outros resíduos, reforçando ainda mais a superlotação dos aterros sanitários.
2. Até 2050, haverá mais plástico nos oceanos do que peixes
Plásticos cada vez mais presentes na vida marinha
A superlotação de aterros também produz outro fenômeno: o "depósito" de lixo no mar.
Aproximadamente 8 milhões de toneladas de plástico são descartados em nossos oceanos anualmente, desequilibrando o ecossistema marinho de várias formas, como:
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O plástico degrada-se em partículas menores, que são ingeridas por peixes e outros animais e aves marinhas. Sem capacidade de digestão, eles morrem de forma lenta e dolorosa.
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Em grande quantidade no mar, o plástico impede a penetração de oxigênio nos sedimentos, comprometendo também o ciclo bioquímico da flora marinha.
3. O plástico é responsável pela morte de 100 mil animais marinhos a cada ano

Que tal começar a pensar no impacto do plástico no meio ambiente?
O fenômeno é realmente preocupante: a morte por ingestão de plástico compromete o ciclo reprodutivo das espécies marinhas e estima-se que pelo menos 15% delas hoje estejam em extinção.
Só no caso das tartarugas marinhas, cinco das sete espécies catalogadas correm o risco de sumir dos oceanos, de acordo com levantamento da IUCN (União Internacional de Conservação da Natureza).
As aves marinhas, como pelicanos e albatrozes, também são vítimas desse fenômeno: até 2050, pelo menos 99% delas terão ingerido plástico.
4. 91% do plástico utilizado no mundo não é reciclado
A reciclagem dos materiais plásticos ainda é insuficiente
A produção em larga escala dos materiais sintéticos à base de plástico começou por volta dos anos 50.
Desde então, estima-se que em 65 anos o mundo produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico, mas só reciclou 9% desse total.
Mesmo com todos os problemas já identificados, o ritmo de produção e descarte não diminui: até 2050, existirão pelo menos mais 12 mil milhões de toneladas de plástico no meio ambiente.
Para mudar esse panorama, muitos hábitos diários precisam ser repensados - já que alguns dados sobre o nosso perfil de consumo são igualmente chocantes.
5. No mundo, 1 milhão de garrafas de plástico são compradas a cada minuto
E as garrafas plásticas continuam sendo produzidas em larga escala.
Infelizmente, o ritmo de reciclagem não acompanha a produção: apenas metade das garrafas plásticas compradas em 2016 foi coletada para reciclagem.
Somente 7% delas foram convertidas em novas unidades, segundo dados do jornal inglês The Guardian.
6. Todos os anos são usadas até 500 bilhões de sacolas plásticas descartáveis
Saquinhos e sacolinhas de supermercado são muito utilizados.
Você costuma usar sacolas plásticas no supermercado? Pois é. As sacolas plásticas são bastante úteis e até parecem inofensivas, mas causam um grande estrago no meio ambiente.
Elas levam pelo menos 200 anos para se degradar, além de trazerem diversos transtornos, como:
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Entopem passagens de água nos córregos e bueiros, contribuindo para a retenção de lixo e enchentes em épocas de chuva.
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São frequentemente ingeridas por aves marinhas, provocando a morte delas.
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Como o plástico das sacolas é feito com polietileno, substância originada do petróleo, sua decomposição libera gás carbônico e polui o ambiente, além de contribuir com o efeito estufa.
Afinal, como reduzir o descarte de plástico no meio ambiente?

Mudança de atitude pode fazer toda a diferença!
Todo esse panorama mostra uma demanda muito urgente: como o ritmo de reciclagem não acompanha a produção, não basta separar o lixo - é importante reduzir o consumo de forma drástica.
Confira algumas mudanças de hábito que você pode adotar para fazer a sua parte!
No supermercado:
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Lembre-se sempre de levar ecobags ou sacolas de feira para evitar a utilização das sacolas plásticas.
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Se estiver de carro, também vale pedir caixas de papelão para colocar suas compras.
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Prefira comprar produtos com embalagens biodegradáveis, que seguem um processo de decomposição natural no meio ambiente. Já existem opções com matéria-prima orgânica, como bagaço de cana-de-açúcar, fécula de mandioca, fibra de coco, etc.
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Adote garrafas retornáveis para produzir menos lixo.
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Evite os sacos plásticos e embalagens de isopor na compra de frutas, verduras e legumes.
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Tente levar saquinhos de pano para as compras de itens a granel.
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Prefira sempre embalagens de vidro e caixas em vez de garrafas de plástico.
Em bares e restaurantes:
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Dispense totalmente os canudos de plástico.
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Valorize estabelecimentos que seguem boas práticas de preservação ambiental.
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Prefira pedir bebidas em garrafas de vidro.
Em casa:
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Tente reutilizar embalagens de plástico, como potes de sorvete e manteiga, por exemplo, em vez de comprar novos recipientes.
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Lave as embalagens de plástico que vão para o lixo e separe para a devida coleta de material reciclável.
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Dê o exemplo e estimule os outros membros da sua família a adotarem a mudança de hábitos também.
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Substitua itens de higiene pessoal, como fraldas descartáveis e absorventes por versões mais ecológicas, como fraldas de pano e coletores menstruais.
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Faça um mapeamento de hábitos e invista em pequenas mudanças: o sabonete líquido, por exemplo, pode ser substituído pelo sólido para evitar uma considerável produção de lixo.
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Evite o uso de descartáveis, como copos, talheres e pratinhos.
No trabalho:
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Tenha sua própria caneca para bebidas como água e café, evitando o uso de copos descartáveis.
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Promova o consumo consciente. Estimule seus colegas a fazerem o mesmo.
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