Você sabe a diferença entre borboletas e mariposas?

O artigo do ambientalista Delton Mendes nos conta sobre a relevância das borboletas e das mariposas para o meio ambiente e para a natureza. Leia Mais...

Foto: Divulgação

Muita gente as vê todos os dias, em diversos ambientes, mas nem fazem ideia que são grupos de seres vivos diferentes. Borboletas e mariposas são bem comuns no Brasil e, na verdade, habitam diversas regiões em todo o planeta, sendo até importantes bioindicadores ambientais. Mas, afinal de contas, quais as principais diferenças entre elas?

Primeiramente, é relevante deixar claro que ambas fazem parte da mesma ordem, Lepdoptera, ou seja, compartilham grandes semelhanças. Outra coisa a salientar é que existem muitas espécies de borboletas e o mesmo vale para mariposas. Algumas diferenças são mais fáceis de notar e você mesma (o) pode fazer isso a partir de agora. Borboletas têm hábitos diurnos, possuem o corpo mais fino (em geral, mas nem sempre), apresentam maior variedade de cores e, mesmo paradas, mantêm as asas em postura vertical. Já as mariposas possuem, sobretudo, hábitos noturnos, com cores mais escuras, corpo mais “volumoso” e com aparência de pêlos. Além disso, mantêm as asas em postura horizontal, mesmo paradas.

Outra coisa interessante é não confundir e achar que borboletas e mariposas não são insetos! Ambas fazem parte do filo dos artrópodes, classe insecta, caracterizado por apêndices articulados, corpo dividido em cabeça, tórax e abdome ou cefalotórax e abdome. Sempre válido ressaltar que o filo dos artrópodes inclui também escorpiões e aranhas, que não são insetos. Ou seja, todos os insetos são artrópodes, mas nem todos os artrópodes são insetos. Em geral, insetos apresentam 3 pares de patas!

Borboletas e mariposas também são extremamente relevantes para a natureza, pois atuam como polinizadoras. Assim como abelhas, por exemplo, ajudam diversas espécies de plantas no processo disseminativo de pólen. As flores polinizadas por borboletas geralmente são em tons vermelhos ou alaranjados enquanto as polinizadas por mariposas possuem tons brancos ou pálidos, por conta do hábito majoritariamente noturno desse grupo.

Historicamente, é cultura associar mariposas, por serem mais vistas à noite, e por seus corpos mais volumosos e cores escuras, a processos místicos. Muitos ainda as associam a espiritualidades “ruins”, compreensão essa que acaba estimulando as pessoas a matarem-nas indiscriminadamente. Não à toa, em muitas regiões elas são conhecidas como “bruxas”. Manter esses seres e suas condições ecológicas de existência deve ser missão de todos, compreendendo que a sua existência depende e é interconectada a todo o ecossistema no qual vivemos. Portanto, se ver uma mariposa em sua casa, convide-a a sair ao invés de matá-la: ela não lhe fará nenhum mal!

Com Jornal Expresso


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