Obra exalta o acervo do Museu Mariano Procópio e a história do município
Arquiteto barbacenense lança livro com materiais inéditos sobre Juiz de Fora Imperial
Obra exalta o acervo do Museu Mariano Procópio e a história do município
O livro mostra uma Juiz de Fora na época Imperial, os vínculos da cidade com a família Imperial e os mais diversos aspectos, inclusive culturais, do município na época, mas também a riqueza do Museu Mariano Procópio que é o segundo maior acervo do período imperial do país. “O nosso museu é testemunha da grandiosidade desse período, o zelo, o cuidado e o interesse de Alfredo Lage de adquirir, preservar e doar para a cidade. Ele doa um grande parque, 80 mil m², uma edificação que pertenceu ao seu pai, construiu o chamado anexo edifício Mariano Procópio e doou todo acervo, talvez a maior doação cultural de Juiz de Fora de todos os tempos. Então, é um resgate também da figura de Alfredo Lage”, afirma.
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Segundo o autor, a obra se destina a todos aqueles que tenham interesse pela cidade. “Os meus livros, inclusive os outros, se destinam a todos. Uma criança pode folhear esse livro e ver as figuras, um pesquisador, um universitário. Também tem coisas interessantes em novidades de imagens e de textos. É um livro que você não precisa ler da primeira página até a última, você pode folhear, deixar na sua mesa e folhear de vez em quando.”
Passeio por uma Juiz de Fora desconhecida
A obra, em capa dura e com páginas em verde, dourado e vermelho que “representam a cor da família imperial e da nobreza”, traz, a partir dos recortes selecionados e as obras que são interpostas pelo autor, histórias e curiosidades sobre a cidade. Por meio de uma linha temporal traçada por Antônio e dividida nos capítulos do livro, a obra passa desde o “Caminho Novo”, as visitas de Dom João VI à cidade, as passagens de Dom Pedro I e Dona Amélia, Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina, a criação da Estrada, do Hotel e da Escola Agrícola da União e Indústria, os imigrantes que vieram pra cidade, os aspectos culturais, a construção de prédios importantes para a cidade, a proclamação da república e até a passagem de figuras importantes como o príncipe francês Joinville, Princesa Isabel e Conde D’eu. Para Antônio, o livro é uma valorização do museu mas também, sobretudo, da cidade de Juiz de Fora.
Antônio conta que a ideia do livro veio de um amigo que o incentivou a produzir um conteúdo sobre o período imperial. Desacreditado com a possibilidade de reunir material suficiente para o livro, o autor se viu desesperado ao perceber que as quase 500 páginas produzidas deveriam ser reduzidas para as 184 presentes na obra final. “A riqueza de Juiz de Fora é impressionante, riqueza em todos os aspectos, tanto urbanística e paisagística quanto a imprensa na época, o teatro, a arquitetura. Quase que cada capítulo aí daria um livro facilmente.”
Com a presença de fortes recortes literários interpelados por “belas artes” do período imperial, o livro – que também terá sua versão em braile destinada a deficientes visuais – é uma viagem a uma Juiz de Fora que poucos conhecem e que moldou a existência da cidade em que vivemos hoje.
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Outros livros de Antônio Carlos Duarte
Com formação em arquitetura, Antônio já lançou outros três livros, sendo eles “Arquitetura Art Déco – Juiz de Fora”, “Arquitetura Eclética – Juiz de Fora” e “Arquitetura Moderna – Juiz de Fora” – todos com incentivo do Programa Cultural Murilo Mendes. Além disso, é membro do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, já tendo sido também diretor da instituição.