Celebração nesta quinta-feira, dia 20 de dezembro ,contará com diversas homenagens para o jovem que se tornou o maior ícone do escotismo brasileiro. Leia mais...
Monumento em homenagem a Caio Vianna Martins, localizado no Parque Halfeld em Juiz de Fora. Em Barbacena, no Jardim Municipal também existe uma estátua em homenagem a Caio | Foto: Imagem da Internet
Nesta quint-feira, dia 20 de dezembro, será realizada em Barbacena a celebração dos 80 anos da morte de Caio Vianna Martins, promovendo o resgate da memória histórica do feito de um jovem escoteiro que aos 15 anos morreu em um ato de amor ao próximo, se tornando o maior ícone do escotismo brasileiro.
O planejamento do evento teve início em setembro com a solicitação da autorização da Prefeitura Municipal e o local escolhido foi estrategicamente pensado, sendo onde se encontra o monumento em homenagem a Caio, na Praça dos Andradas. Também foi o solicitado o apoio do historiador Edson Brandão para falar do ato descrito no monumento, a presença da Banda de Música da Polícia Militar para tocar o hino nacional e também da Prefeitura Municipal de Antônio Carlos, onde ocorreu o acidente.
Além dos participantes do movimento escoteiro e das autoridades, o convite para participar se estende até a população interessada a conhecer a história de Caio Vianna e também mais um destaque turístico desconhecido pela maioria dos barbacenenses. “Temos a satisfação de comemorarmos seu ato de bravura na cidade onde ele viveu seus últimos momentos. Ele significa o exemplo máximo de fazer o melhor possível em toda e qualquer ocasião por amor a Deus e ao próximo, realizando a mais corajosa das boas ações que foi sacrificar a própria vida para salvar outras”, conta Giovani Tarcísio de Souza, Chefe dos Escoteiros de Barbacena.
Confira a programação do evento:
Sobre Caio Vianna Martins
O jovem nascido em Matozinhos ingressou no Movimento Escoteiro aos 14 anos e um ano depois se tornou monitor da Patrulha do Lobo. No dia 18 de dezembro de 1938 o grupo organizou uma excursão de trem para São Paulo quando, por volta das 2h da madrugada do dia seguinte, o trem se chocou com um cargueiro, provocando a morte de cerca de 40 pessoas.
Durante o choque Caio recebeu uma forte pancada na região da lombar, mas manteve-se firme ajudando os feridos junto com os outros escoteiros. Eles fizeram uma grande fogueira para auxiliar nas buscas e utilizaram de todo o material que tinham disponível para confeccionar macas e abrigos para os mais feridos.
O acidente que ocorreu próximo a Barbacena só recebeu socorros às 7h da manhã e, apesar dos ferimentos, o monitor da Patrulha do Lobo recusou a maca ao ver ao redor dele pessoas mais necessitadas, dizendo “Um Escoteiro caminha com as próprias pernas”. Caio foi andando até a cidade junto a seus amigos, mas ao chegar no hotel sentiu-se mal e foi levado à Santa Casa, onde veio a falecer por conta do rompimento de vísceras e um grave derrame interno.