O delegado Itamar Cláudio Neto é acusado de condescendência criminosa.
Foi marcada, para o dia 27 de novembro, audiência preliminar do processo que envolve a morte da escrivã Rafaela Drumond. A jovem foi encontrada sem vida no último dia 9 de junho no distrito de Doutor Sá Fortes em Antônio Carlos. A audiência preliminar é a primeira audiência. Nessa etapa, os envolvidos podem entrar em acordo entre si. Um conciliador conduz o encontro sob a orientação de um juiz. O delegado Itamar Cláudio Neto é acusado de condescendência criminosa nos casos de assédios moral e sexual. O delito ocorre quando um responsável "deixa de responsabilizar o subordinado que cometeu alguma infração no exercício do cargo" ou quando não comunica "o fato ao conhecimento da autoridade competente".
Entenda a investigação
O inquérito relacionado à morte da escrivã Rafaela Drumond foi concluído pela Polícia Civil de Minas Gerais no dia 13 de setembro e, em seguida, encaminhado à promotoria de Justiça na Comarca de Carandaí. A investigação sobre a morte da escrivã Rafaela Drumond foi conduzida pela Corregedoria Geral da Polícia Civil de Minas Gerais. O inquérito policial e o procedimento disciplinar apuraram supostos casos de assédios moral e sexual, que poderiam ter induzido a servidora à morte. O delegado e o investigador da Polícia Civil, que atuavam na mesma delegacia onde trabalhava Rafaela Drumond, foram investigados por, supostamente, terem cometido os assédios. Durante as investigações, eles chegaram a ser transferidos duas vezes, no intervalo de 20 dias. O investigador foi, inclusive, afastado por licença médica durante 60 dias. No fim de outubro, o investigador Celso Trindade de Andrade foi inocentado. A justificativa da PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) foi "decadência em relação ao crime", já que não foi realizada a representação contra o referido crime, a qual tem prazo decadencial de seis meses, contados desde a ocorrência do fato criminoso.
O Tempo