Papa Leão XIV frisa em seu discurso que a paz mundial será a tônica de seu papado
Coube ao cardeal francês Dominique Mamberti a apresentação do novo Papa Leão XIV (foto acima):
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'Anuncio com uma grande alegria. Temos um Papa: O eminentíssimo e reverendíssimo Senhor, Senhor Roberto Prevost, Cardeal da Santa Igreja Romana dos Estados Unidos, que se impôs o nome de Papa Leão XIV'.
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O cardeal dos Estados Unidos Robert Francis Prevosti é o novo papa.
O nome do Prevost, de 69 anos e nascido em Chicago, foi anunciado nesta quinta-feira (8) pelo Vaticano, após a fumaça branca ser expelida da Capela Sistina, indicando que os 133 cardeais isolados no conclave elegeram o novo pontífice.
Ele liderará a Igreja Católica em um momento de perda gradual de fiéis e terá de fazer frente à alta popularidade do papa Francisco, além de responder se seguirá a agenda reformista de seu antecessor.
O novo papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro depois de ser anunciado, em latim, pelo cardeal Dominique Mamberti.
Nascido nos Estados Unidos, Prevost é conhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru durante os anos 80.
Essa experiência lhe conferiu fluência em espanhol e um profundo entendimento da Igreja na América Latina, fazendo dele um potencial representante das Américas como um todo.
Visão internacional e papel estratégico
Atualmente, Prevost ocupa o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, uma posição estratégica que lhe permitiu conhecer profundamente a estrutura da Igreja e participar ativamente na nomeação de bispos ao redor do mundo.
Essa experiência é vista como um ponto forte em sua candidatura, demonstrando sua capacidade de liderança e compreensão global da instituição.
Em uma entrevista ao site do Vaticano, Prevost enfatizou sua visão sobre o papel dos bispos:
“O bispo é chamado autenticamente para ser humilde, para estar perto das pessoas que ele serve, para caminhar com elas, para sofrer com elas e procurar formas de que ele possa viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”
Desafios e perspectivas
Apesar de sua experiência e alinhamento com as ideias do papa Francisco, a candidatura de Prevost enfrenta desafios.
A tradição da Igreja de evitar papas americanos, devido ao peso político que isso poderia representar, é um fator a ser considerado. Além disso, sua participação em investigações de casos de abuso na Igreja gerou algumas críticas internas sobre sua condução desses processos.
No entanto, analistas apontam que Prevost representa uma vertente mais progressista da Igreja americana, mais alinhada com os movimentos carismáticos e sensível a questões como imigração e justiça social.
Sua formação na ordem dos agostinianos também é vista como um ponto positivo, trazendo uma dimensão contemplativa e missionária ao seu papado.